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sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

"...AND (IN)JUSTICE FOR ALL...."

Como é que é, seus Jagunços, tá tudo?!

Como hoje foi oficializada uma notícia que, por acaso, até já suspeitava que fosse acontecer e que não me deixou nada feliz, é óbvio que, estou com os azeites!
Como tal, hoje não haverá texto para a habitual galhofa que, tanto me caracteriza e aos quais tive a fineza de vos, habituar.

Apesar de não ser nada que à minha pessoa diga respeito, incomoda-me.

- Incomoda-me ver alguém matar-se a trabalhar e fazer jus à frase "Vestir a camisola", sem que na sua mente tenha apenas a subida na hierarquia, mas sim, o brio profissional e o gosto pela sua actividade laboral... o querer que corra tua bem e que a empresa atinja os objectivos traçados, sem que lhe seja reconhecido o devido valor.

- Incomoda-me, pessoas que a partir da hora que pegam ao serviço, a única coisa que lhes povoa a mente durante as 8H de trabalho é: "Nunca mais chegam as 18h!".

- Incomoda-me os míticos "Lambe-peidas" que parece que o único objectivo para que foram contratados é bajular única e exclusivamente o Chefe/Patrão.

- Incomoda-me quem, sem nenhum valor, consiga "subir" na empresa, ocupando o lugar dos que se esfalfam a trabalhar e que, por direito (bem, pelos vistos não!), deveriam ocupar esse mesmo lugar, pois esses SIM merecem ser reconhecidos.

- Incomoda-me, cachopos acabadinhos de sair do "Ovo" chegarem e ocuparem lugares que deveriam pertencer a quem trabalhou uma vida inteira para os merecer.

- INCOMODA-ME (e muito) ouvir, aquelas pessoas que quando o Chefe/Patrão passa, são só sorrisos e dizem: "Bem, vamos lá trabalhar, mais um bocadinho!" TRABALHAR?!!...como é possível essas criaturas proferirem essa palavra se nem sequer sabem qual o seu significado?!!...

- Enfim... Incomoda-me as injustiças existentes no mundo do trabalho...

Como já puderam verificar, algo de muito "Filho da puta" se passou por aqui... Uma das pessoas mais dedicadas, talentosas e trabalhadoras que já conheci, foi passada para trás (literalmente) por alguém com (menos de) metade da sua experiência e que, ironicamente tudo o que aprendeu, lhe foi ensinado por ela!!

Há uns anos atrás, quando ainda andava na escola, era considerado O Aluno (da escola inteira e de todos os anos) que melhor desenhava.
Havia professores que diziam que eu era o aluno que melhor desenhava desde a abertura da escola!!

Nunca achei isso e como tal nunca cai no inevitável vedetismo... Mas parecia que o meu talento fazia Cócegas a uns quantos colegas que faziam queixas aos professores por eu ser (e era!) um bocado baldas, principalmente nas aulas de desenho...

Exercia funções naquela escola, o professor de desenho, mais fantástico que já alguma vez conheci: O Senhor Professor Jorge Canadinhas.
Como tínhamos o mesmo jeito para o desenho e o mesmo gosto musical (Sim, a banda preferida dele era os IRON MAIDEN!), nós tínhamos uma proximidade que com outros alunos não existia.

Como seria de esperar, até isso, fazia confusão aos demais alunos da escola.
Como nunca cheguei a perceber o porquê, questionei na altura ao meu professor, o Senhor Professor Canadinhas!

"Professor, eu não me meto com ninguém, não piso ninguém, não me armo ao pingarelho por desenhar bem... Porque é que me olham todos de lado quando vêem os meus trabalhos?!".

Nesse momento, ele, com aquele sorriso característico, começou-me a contar uma história, que ainda hoje me lembro e me ajuda a ultrapassar momentos difíceis na vida.

Da mesma forma que me ajuda a mim, espero que ajude a minha colega que irá ler este texto, quase de certeza...

"Era uma vez, uma cobra que começou a perseguir um pirilampo que só vivia para brilhar.
Ele fugia rápido com medo da feroz predadora e a cobra nem pensava em desistir.
Fugiu um dia e a cobra não desistia, dois dias e nada!
... No terceiro dia, já sem forças, o pirilampo parou e disse à cobra:
Pirilampo: Posso fazer três perguntas?
Cobra: Podes. Não costumo abrir esse precedente para ninguém, mas já que te vou comer, podes perguntar.
Pirilampo: Pertenço à tua cadeia alimentar?
Cobra: Não.
Pirilampo: Fiz-te alguma coisa?
Cobra: Não.
Pirilampo: Então porque é que me queres comer?

Cobra: Porque não suporto ver-te brilhar!!!"
 
Sei que o momento é difícil e que, provavelmente, esta história pouco te irá ajudar a ultrapassar este momento...mas espero que atenue o que neste momento sentes.

Pelo menos sabes que os teus estão e estarão sempre aqui para o que der e vier....

Sabes quem eles são, tal como eles também sabem quem tu és....

"BE YOUSELF BY YOURSELF"

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

"NÃO ACEITAS CARTÃO FNAC, GAMO-TE A TV!"

Jagunços, tá tudo?!

Muitas vezes, no meio do nada, vem-se-me à memória situações hilariantes que me foram acontecendo e como sou o Jagunço que partilha, esta que vos deixo é de chorar a rir.

Há muito, muito tempo
Eras tu uma criança

Não, não vou cantar José Cid, mas anda lá perto. A história passou-se com dois amigos meus, que, para proteger certas e determinadas coisas, vamos chamar a um o José e a outro o Cid (afinal a musica até era importante!) e, claro está, o Jagunço e/ou, simplesmente, EU!


Um belo dia o José recorreu à parte dos classificados de um conhecido jornal, para contratar os serviços de acompanhamento de uma boa put...senhora portadora de uma vida sexual com horizontes (muitíssimo) abertos!
O pobrezinho sentia-se, só e abandonado, pelo que precisava de companhia.

Na minha frente, ligou para uns dos números disponíveis no referido jornal e, em alta-voz começou a conversa:

José: Tou?!
Ela: Álô?!... Quem tá fálando?!
José: Sou eu!
Ela: Eu quem?!
José: O gajo que, se te portares bem e fizeres um bom preço, te vai comer.
Ela: Oi?!
José: Esquece!...olha, eu e mais dois amigos queremos contratar os teus serviços, quanto é que levas?
Ela: Prá vócê é 35 euros, 1h.
José: Mas 35 euros, os 3?!!
Ela: Ús 3, não!... Ássim ficá máis cáro!!
José: Mas isso quer dizer que fazes com todos ao mesmo tempo?!...Tipo, ménage?!
Ela: HOMENAGEM?!....Como homenagem?!
José: Fod#-se! Que é burra!!
Ela: Oi?!
José: Nada, esquece!...estava a perguntar se martelas mais do que um gajo ao mesmo tempo!
Ela: Dji montão, não!... Têm qui sê um dji cádá vez!
José: E quanto ao preço?!... 35 euros é muito caro!...não te esqueças que tenho cartão FNAC!
Ela: Não dá prá báixá o preço, não! ´cê qué márcá hóra?!
José: Não, deixa-me falar com os meus amigos que, eu depois digo qualquer coisa.

Depois de termos rido que nem uns perdidos por causa do telefonema, o José vira-se com um ar muito sério e diz:

"E se fossemos mesmo?!"

O Cid, a outra criatura que se encontrava connosco, como era doido por uma boa cóboiada, prontificou-se logo para ir, mas eu (vá, podem chamar-me copinho de leite!) disse que não queria ir, e assim foi!
Nesse mesmo dia à noite, entre uns canecos, lá foram eles com destino marcado à senhora brasileira.

No dia seguinte, encontrei-me com aqueles maduros e eles riam-se que nem uns perdidos! Como não poderia deixar de ser, perguntei como tinha corrido a noite e o Cid lá começou a contar:

"Ontem quando saímos, fomos ali acima ao Fanã (tasca onde muitas vezes nos encontrávamos), encharcar umas valentes imperais.
Quando demos por nós já estávamos, meios tortos e lá seguimos para a morada que a gaja nos tinha dado...
Chegados lá fomos cada um para um quarto diferente e com uma gaja diferente.... até aqui nada de anormal!
Eu acabei o serviço e vim esperar este gajo no fundo do prédio (o José, o gajo que fez o telefonema no dia anterior), para poder fumar!... Ao final do 3º cigarro, este gajo nunca mais vinha e pensei: ‘Queres ver que aquele gajo estava tão bêbado que adormeceu acima da gaja?!’...


Passado um bocado oiço a porta do prédio a abrir, e quem é que eu vejo?!!...Este gajo, meio atrapalhado com uma televisão de caixa às costas!!!!....


Perguntei-lhe: ‘O que é isso, puto?!!!
Ele: Uma televisão, não vês?!!
Eu: Tu roubaste a televisão à puta?!!
Ele: Ya!... Vai ficar lindamente no meu quarto!!’
Eu nem queria acreditar no que o gajo tinha acabado de fazer, mas sem alternativa tive de o ajudar, até porque bêbado como ele ainda estava, se não o ajudasse, ele com certeza que se estatelava todo no chão!!"

Nesse momento quase sem reacção, perguntei para o artista ladrão de TV´s:
"Tu roubaste a TV da puta?!....não posso acreditar!?"
Ele com ar de envergonhado lá me responde: "Ya! estava todo narso!!"

O Cid lá continuou a contar o sucedido.

"Vínhamos rua abaixo com a televisão às costas, em direcção ao carro, para colocá-la na bagageira quando o telemóvel tocou!
Quem era?!
A puta!

Cid: Tou?!
Ela: Álô?... É Marineidji....túdo bom?!
Cid: Si..si..sim...t..t..tá tudo... ! pre..pre..precisas d..de al..al..alguma c..c.coisa?!
Ela: Sim!..prêcisává qui ´cê fizessi um fávô prá mim!
Cid: E o que precisas?!
Ela: ´Cê podji pidji ao seu ámigô, prá trázê dji vóltá, meu télévisô?!... Ácho qui eli lévô eli por enganú!!

Eu sem reacção disse à gaja que ia ver se ele não o teria para ali perdido, mas que não poderia prometer nada!


Depois de desligar o telefone, já sabia que convencer este gajo, que bêbado é teimoso como uma mula, não seria tarefa fácil... mas tentei!
Depois de muito latim gasto e de ter quase levado porrada, lá consegui convencer este gajo a ir devolver a TV."

Virei-me novamente para ele e perguntei:
"Então conta lá como é que foi, quando chegaste a casa da puta com a TV de volta!"

O José começou a contar.

"Depois deste gajo me ter torrado a paciência, peguei na televisão e lá fui eu, rua acima.
Toquei à porta e veio a gaja.

Ela: Oi tudo bem?!...´cê áchô meu télévisô?!"
José: Não, caralho!... Fui eu que te o gamei!!
Ela: Não précisá sê grôsso!
José: Toma lá a merda da TV.
Ela: ´brigado, viu?!
José: De nada oh PUTA... e desculpa lá!....

Já me vinha embora, quando a gaja vira-se para mim e perguntou-me:

"Porquê ´cê roubô meu télévisô?!"

Eu: Porque eu disse-te ontem ao telefone que tinha cartão FNAC e tu nem um desconto me fizeste!

A gaja toda lixada bateu-me com a porta na cara e pronto!...voltei para baixo, peguei no carro e fui pôr este gajo a casa!"

Jagunços, nunca na minha vida tinha ouvido uma história destas, onde um gajo vai às putas e quer apresentar um cartão da FNAC.
E pior, como não conseguiu o tal desconto, roubou a TV à gaja!!

Isto será sem dúvida uma história que ficará para a posterioridade e quiçá para mais tarde recordar...


Prognóstico de final de jogo do Jagunço do Contra:



Comunicado as senhoras que anunciam os seus serviços em jornais, acompanhados de uma foto do seu (ou não!) belo traseiro:

Quando virem um maluco a entrar pela vossa porta dentro, com um cartão da FNAC na mão, façam-lhe um desconto!

Caso contrário, arriscam-se a ficar sem algum electrodoméstico e/ou algum material audiovisual...

Depois não digam que, não avisei!


Os Fnacópatas andarem aí....


DIZ QUE NÃO!!!.......
O Jagunço do Contra

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

GARRAFA DE CHAMPANHE (Uma arma letal)

Jagunços, tá tudo?!

Como é do conhecimento da jagunçada, ou não, durante alguns anos trabalhei num Hotel. Como devem calcular, tendo em conta as centenas de pessoas que por lá passam diariamente, peripécias dignas de relato é algo que não falta. Mas os que pensam que só os clientes fazem bosteiradas dignas de registo, desenganem-se. A que vos venho contar é protagonizada por um dos funcionários, que para que percebam toda a piada deste texto terei que vos descrever esta figurinha ímpar.

A sua imaculada figura, dava a sensação que, tomava banho de 5 em 5 minutos, pois andava sempre, todo perfumoso!
O seu penteado com risco ao lado, feito com régua e esquadro, mais parecia lambido por uma vaca, pois o gel que usava durava todo o santo dia fazia com que, nenhum cabelinho saísse do sitio.
Era gajo para desatar à porrada à senhora da lavandaria porque o vinco das calças da sua farda estava torto. Tudo tinha de estar per-fei-to!
Sem esquecer de mencionar o seu andar à Clint Eastwood, para lhe dar aquele ar de castigador de quem diz: “Olhem para mim, sou lindo!”
Esta personagem era (e é) um gajo convencido e cheio de nhoquices que, por causa da sua acentuada falta de humildade, acabou por se tornar uma vítima disso mesmo, não descurando o grande profissional que é - sim, porque o é.


Tudo se passa, aquando da vinda de um gigantesco grupo de brasileiros para o Hotel.
O grupo apesar de barulhento (normal!) era bastante organizado e afável para com os colaboradores.
Numa certa tarde, o grupo estava todo no Lobby do Hotel e claro, todos os que lá trabalhavam, andavam feitas baratas tontas para satisfazer os pedidos de tão grande número de clientes.


Num dos sofás, estavam sentadas duas clientes, pertencentes a esse grupo, que se destacavam dos restantes, porque todos os restantes elementos do grupo faziam parte, do que nós chamávamos lá no Hotel, de “Brigada do Reumático”. Aquilo era só velhos!
Aquelas duas andavam na casa dos vinte e muitos, trinta e poucos anos e eram duas valentes e apetitosas ginjas! A verdadeira “Frutinha da época!”


Como não poderia deixar de ser, todo o pessoal do hotel andava a babar pelos cantos, por causa daquelas duas brasileiras… e o caso não era para menos, já que aquilo era material verdadeiramente bom! Ninguém ficava indiferente. Era do bagageiro ao director, do gajo da lavandaria ao gajo do restaurante… até as gajas dos andares deviam andar nervosas com aquelas duas boazonas! E claro está, o BAR! A secção onde tudo aconteceu.

Mas voltemos à parte das duas estarem sentadas no sofá.
Com a confusão típica de quem tem o Hotel cheio, os colegas do Bar andavam de volta dos clientes, perguntando se desejavam tomar algo (a trabalhar, portanto!), até que um deles chegou (devem ter tirado à sorte!) junto das duas brasas e pergunta-lhes, como seria de esperar:


“Boa tarde,
As senhoras, desejam tomar algo?!”

Ao qual elas responderam:

“ ´cê pódji trazê ´má gárráfá dji champanhi, prá gentchi?”
(Tradução: Você pode trazer uma garrafa de champanhe para a gente?!)


E o rapaz, no cimo da sua educação, respondeu:
“Com certeza, trago já…com licença.”


Até aqui nada de estranho se passou. O pior vem agora.
O rapaz vai atrás do balcão e começa a preparar a bandeja para levar às clientes e de repente a nossa bela personagem pergunta ao rapaz:

“Esse champanhe é para que mesa?!”

Ao qual o rapaz responde:
“É para as brasileiras que estão no sofá do Lobby!”

Obviamente, que a nossa personagem percebeu logo que se tratava das duas febras que andavam a provocar muitas erecções à classe masculina que naquele hotel laborava. Claro está que ele, como chefe que era tinha de ter o prestígio de as servir. No alto da pirâmide hierárquica vira-se para o rapaz com o nariz bem empinado e convicto nas suas palavras e actos, e diz:

 “Deixa estar… Eu levo!” (Claro!... chama-lhe parvo!)

Já que o gajo era chefe, o rapaz não teve alternativa, se não ceder às ordens, mas contrariado – podera, também eu ficava.

O importante chefe acabou de arranjar a bandeja e põe-se a caminho do sofá, com o seu ar de Brad Pitt da Alcântara, não sem antes se ter penteado 7 vezes, lavado os dentes outras tantas e voltar a pôr perfume.

Chegado lá, com a voz colocada e radiofónica, pergunta:

“Foram as senhoras que pediram champanhe?!” (como se ele não soubesse!!)

Elas: “Sim!”

Ele: “E dão-me licença que sirva, tão belas senhoras?!”

Elas: “Púfávô!”
(Tradução: “Por favor!”)


Ele com o seu ar de engatatão pegou na garrafa, com toda a delicadeza e profissionalismo, retirou o alumínio envolto no gargalo, a denominada de cápsula, por sua vez o retirar do arame que envolve a rolha e a garrafa, tudo isto com todo o cuidado, mas com o olhar preso no decote das duas gajas.
No entanto, e como qualquer bom profissional, a garrafa e o garagalo deveria estar para onde não estaria ninguém. Pois como toda a gente sabe, aquilo quando salta é como um tiro de caçadeira. Devido à grande distracção decotal, a garrafa estava virada para a cara o gajo!


Conhecendo os meus Jagunces, como eu conheço, já devem estar todos com aquele sorrisinho maléfico de quem pensa: “O gajo levou com a rolha mesmo em cheio nas fuças!” Estou certo, não estou, admitam lá?!

Pois é, seus jagunços, estão todos errados…

O que aconteceu foi nada mais, nada menos, isto:

O gajo continuou com a sua performence toda profissional e sem que reparasse a rolha salta e bate violentamente no olho direito do gajo, fazendo com que ele fosse projectado e se estatelasse com os costados no chão.
Naquele momento o barulho ensurdecedor que naquele lobby existia acabou!... Sendo substituído por, uma lista de frases daquele individuo, acompanhadas à guitarra por uma dor do caraças no olho!


Ele: “AAAAAAAAAAAAAIIIII”

Uma das brasileiras que estava sentada no sofá levantou-se e vai em seu auxilio, perguntando-lhe:

“Ô Senhô istá bem?!”
(Tradução: “O Senhor está bem?”)


Ele: “Oh mãe?!!....Estou cego!... Estou cego!...Eu não vejo de um olho!”

E não é que o gajo desata numa choradeira, em pleno Átrio, que mais parecia uma criança que tinha caído do baloiço e a gritar pela mãe!

Jagunços, eu sei que o coitado do gajo, teve dores horríveis mas, o que acho hilariante nesta historia é:
aquele gajo, em particular, todo galã, cheio de charme e de 9h, ir armado em super pró e em macho, armar-se ao pingarelho para junto das gajas boas e leva um real bojarda nos olhos e começou a chorar e a gritar pela mãezinha!!!



Prognóstico de final de jogo do Jagunço do Contra:


Como grande benfiquista que é entrou em cena GLORIOSO de garrafa na mão e veio de lá envergonhado como quem desce de divisão e, com um olho à....BELENENSES.


DIZ QUE NÃO!!!.......
O Jagunço do Contra



 

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

"É JÁ ALI...!" (A 10 KM)


Como é que é, suas Figurinhas ajagunçadas, tá tudo?!

É verdade, já não vos escrevia uma valente descarga rectal em forma de escrita, desde do ano passado! Como não quero que vos falte nada, aqui vai mais uma pérola da escrita dramática-ó-policial de faca e alguidar, a fazer lembrar o argumento de "Música no Coração", que tanto caracteriza este demente Jagunço que vos escreve.

Isto começa aquando da vinda da mais maior grande banda à face da terra a Portugal.

Reparem que, para que os Jagunços não começarem já a torcer o nariz, com cara de quem pensa: "Lá está esta besta a falar daqueles gajos!", nem toquei em nomes, pois caso contrário teria que falar nesses, Deuses do Metal pesado no geral (e da música em geral, em particular), os (todos comigo!): CANNIBAL CORPSE!

Decorria o mês de Outubro de 2006, quando por entre um Like no Facebook e um ou outro clip de Nel Monteiro no Youtube, vou dar a um site de notícias, relacionadas com o universo obscuro do Heavy Metal.

E qual não é o meu espanto quando li uma noticia que dizia:



"CANNIBAL CORPSE em Corroios, 24 de Fevereiro de 2007"







Neste momento esqueci tudo!

- O dia em que nasci;
- O dia em que perdi a virgindade (que tinha sido à coisa de 2H);
- A Taça UEFA e a Champions league que o FCP ganhou;
- O ferro com caldeira, movido a gazóile, oferecido pela minha Avó;
- O equipamento autografado pelo Tó Zarolho, Guarda-Redes do Aljubarrotense, que recebi no Natal de 1998;

Naquele momento, aquela notícia fez de mim o homem mais feliz do mundo!
Sem que desse por isso, a felicidade que me invadia era tão grande, que dei por mim a correr todo nu pelas ruas de Lisboa, gritando a frase: "José Cid, faz-me um filho!"

Escusado será dizer que, a partir daquele dia, nunca mais dormi como deve ser, pois a ideia de ir pela 1ª vez ver aqueles ícones da música POP com influências de bossa-nova, preenchia demasiado o meu doente e mirrado cérebro.

A excitação era tão grande, que mesmo depois de ter violado um casal de Gansos, uma vaca, um cão Serra da Estrela e de ter acasalado com um barril de água-pé, o dia 24 de Fevereiro chegou e eu parecia uma pita doida por ir ver um concerto do Justin Bieber.

O grande dia chegou finalmente e, à hora marcada, eu e os jagunços encontramo-nos na entrada do recinto, indo de seguida a uma mercearia. Uma vez que estava repleto de metaleiros de garganta seca, a única coisa que aquela superfície comercial tinha com álcool para venda era 4 refrescantes e saborosos, pacotes de vinho de mesa da marca "Casal da Eira". Tendo em conta que não havia mais nada, lá comprámos os referidos pacotes de vinho.

Eram tão bons que, ao final do 3º pacote ninguém conseguiu beber mais daquela zurrapa para temperar bifes.

Como eu sou sempre o individuo que tem as ideias mais brilhantes e já que deitar fora, tão delicioso néctar dos Deuses, seria pecado e como não poderíamos entrar com ele para o recinto, sugeri que escondêssemos o último pacote num sitio cá fora, não fosse a sede atacar depois do concerto e não termos nada para beber.

E assim foi! Escondemos o dito, no sítio mais improvável que vos possa passar pela cabeça. Atrás da roda de uma carreta que pertencia a uma agência funerária que existia em frente ao cine teatro de Corroios. Com a pinga devidamente acondicionada, entrámos.

O concerto começa, e como já era de esperar, lavado em lágrimas, começo aos gritos: "Corpsegrinder, pede à tua mulher para me fazer um filho!"

Depois de quase ser espancado pelos seguranças, por ter tentado beijar o Baixista e de ter tentado levar um dos guitarrista para casa, o concerto terminou sem incidentes... quer dizer... umas nódoas negras e tal... mas tudo bem!

Como já era de esperar estava tudo ressequido, ansioso por qualquer coisa para beber... tudo, menos vinho "Casal da Eira".
Mas nem por isso, foi razão para deixarmos o pacote de vinho para trás.
A minha amiga Lurdes, foi buscá-lo e colocou-o delicadamente dentro da sua mala.

Eram quase 01:30 da manhã e o último comboio tinha passado às 00:45. Sem dinheiro e sem transportes, tínhamos um dilema deveras complicado:

A) Ficávamos na estação até às 06:00, hora em que passaria o 1º comboio;

B) Apanhávamos um Táxi até Cacilhas e apanhávamos o último barco para Lisboa. (Opção que ficou automaticamente de lado, uma vez que apenas existia dinheiro para um táxi e nós éramos 8 pessoas);

C) Íamos a pé até Cacilhas e apanhávamos o barco para Lisboa;


Eu, como é óbvio, salientei logo a minha preferência pela opção A, pois andar é palavra que não consta no meu dicionário.
Mas como não poderia deixar de ser, o Jagunço do meu amigo RICARDO (sim, digo o teu nome, para que fiquem todos a saber que o culpado, foste tu!), teve a magnifica ideia de dizer:

"Porque não vamos a pé?!... Num estantinho estamos lá (Cacilhas) e sempre é melhor do que estarmos aqui ao frio!!"

Então aquela ave rara preferia andar do que estar sentado?! Ou é doido ou está a querer treinar para a meia maratona, pensei!
Convicto de que, depois de um violento concerto, ninguém o iria seguir, nem me pronunciei, pensando eu que os restantes se partiriam a rir na sua cara e que ficaríamos porreiramente sentados na amena cavaqueira à espera do comboio.

Pois é Jagungos, nada disso aconteceu!
Aqueles bazarocos, não só concordaram com o azeiteiro que teve a ideia, como me chatearam até que cedesse a ir com eles!
E lá fui eu... Cansado, cheio de sede, sem dinheiro...

No final do 5º KM, perguntámos a um homenzito, que se encontrava dentro de uma viatura, se ainda estaríamos longe do nosso destino.
Ao qual ele respondeu, acompanhado com um sorrisinho maléfico de quem goza piamente com a nossa cara:

"CACILHAS?!!... Porra!
Ainda falta um bom bocado!!!...Vocês vêem de onde?!"

Nós: De Corroios!..

Ele: "Nesse caso, posso dizer-vos que estão a meio do caminho!!...hehehe"

Como a Matemática sempre foi o meu forte, comecei a pensar no resultado de tão complexa conta.

"Andámos 5 km… Se estamos a meio do caminho, quer dizer que faltam ainda mais 5 km...isso significa que... quando lá chegarmos, teremos andado... 10KM!"

"NNNÃÃÃÃÃÃÃÃOOOO!!!!"

Aí comecei a chorar e a gritar pela minha mãe! Pois se continuasse estavam à minha espera mais 5KM, se voltasse para trás, estavam à minha espera, mais 5 km!!!

"Vou morrer!", pensei!

A muito custo, lá continuei... mas com uma von-ta-di-nha de bater no culpado de tão grande caminhada, mas lá continuei, extremamente contrariado!
Foi em braços que cheguei, finalmente, a Cacilhas....

Como já era de esperar, não havia barcos, porque o último tinha saído às 2 da manhã e já eram 5h. Ou seja, mais uma hora de espera até que o primeiro barco partisse, mas pelo menos já me encontrava sentado.
Virei-me para a Lurdes e pedi-lhe o pacote de vinho que ela carinhosamente tinha guardado na sua mala, pois estava mais ressequido que um presunto de fumeiro.

Jagunços, nunca me soube tão bem aquela mistela à base de uvas!!...De seguida, o meu amigo DANIEL (Sim, também digo o teu nome, porque és tão ave rara como o que me fez andar 10 km!), pediu-me para dar um golinho. Passei-lhe o pacote! De facto, ele até deu uma bela golada na vinhaça...O problema foi o que ele fez de seguida, que eu terei todo o prazer de vos contar agora!

Aquele jagunço, sentado à beira rio, começou a olhar para a água e a dizer:

"Olha!... Há peixes no rio!" (que novidade!) "Deixa ver se eles gostam de pinga!"

Lembro-me perfeitamente de lhe ter dito:

""Epá, vê lá se deixas cair isso e ficamos a seco até chegar o 1º barco!"

Ele: "Calma, Está tudo sobre controlo!"

Por certo, já adivinharam o que se passou de seguida, certo?
Aquele gajo, não só deita vinho para a água para embebedar os peixes, como também deixa cair o pacote à água!

Naquela altura, mesmo estafado, tiveram que me agarrar para que não o empurrasse para o rio.

Quando chegámos a Lisboa, a primeira coisa que fiz depois de sair do barco foi correr na direcção do primeiro tasco que estivesse aberto, pois a sede era tanta que, se caísse num riacho de água doce, passados 15 minutos este ficaria seco!
Os restantes jagunços foram dar comigo num quiosque da "Mr. Chips", que existe no Cais do Sodré, a rebentar com o stock de imperiais ao Xôr Vítor, o dono do quiosque.





Prognóstico de final de jogo do Jagunço do Contra:


 

Apesar de toda a sede que passei e de ter chegado a Cacilhas com menos 22 cm de altura, pois as minhas pernas ficaram gastas de tanto andar, aquele dia ficará guardado na minha memória para sempre.
Obrigado aos meus Jagunços, por serem a cambada de malucos que são, pois sem eles era impossível acontecer tanta Bosteirada num só dia...


O único ponto realmente negativo, que faço questão de salientar, é que, e uma vez que têm dois, os Cannibal Corpse bem que podiam ter-me deixado trazer um dos guitarristas para casa.
Tenho a certeza que ficaria lindamente em cima do móvel da entrada, ao lado do telefone fixo... (Chulos!)

DIZ QUE NÃO!!!.......

O Jagunço do Contra

GRÁVIDA DE 6 MESE... CERVEJAS E MEIA!

Jagunços, tá tudo?!

O que vos venho contar hoje é, sem dúvida, umas das peripécias mais hilariantes que já ouvi.
Desta vez, será uma historia na integra de uma das minhas melhores amigas, que não vou dizer o nome por, razões óbvias.

Certo dia, a minha amiga foi para a praia com o, na altura, seu namorado.
Essa minha amiga, para além de um gigantesco par de airbags, tinha também uma avantajada barriguinha, que nós carinhosamente alcunhámos de varanda. Não que a extensão da barriguita fosse tão grande que desse para construir uma churrasqueira, um jardim para os miúdos e ainda sobrava-se um espaço para estender a roupa, não. Mas era grandinha.

Segundo ela, a historia começa assim.
Um dia ligou ao “namorado” a convidá-lo para ir para a praia, logo de manhãzinha. E assim foi, no dia seguinte de manhã bem cedinho, faltavam 10 para o Meio-dia, já estavam prontos para prosseguir viagem, rumo ao destino tropical - a Praia de Carcavelos.

Para os comuns dos mortais, quando se chega a uma praia, como é óbvio, a 1ª coisa que se faz é:

A) Correr para o areal, estender a toalha e torrar ao Sol;
B) Correr para o areal, estender a toalha e mandar uns valentes mergulhos na água;

Certo?!......

ERRADO!

A primeira coisa que aquelas duas figurinhas fizeram foi, sair do comboio e correr para a primeira tasca, vá vamos lá aprumar a coisa, “esplanada” que encontraram e encharcar umas valentes imperiais.

Com o passar das horas e como, o festival do emborcanso já ia longo, essa minha amiga diz para o namorado:

“Olha, já são quase 4 da tarde e, se fossemos para a praia, não?!”

Ao qual ele respondeu:

“Sim, mas com uma condição!... Levamos umas jolas para lá!”

Conhecendo a minha amiga como conheço, consigo perfeitamente imaginar os seus olhos a brilhar e o quanto o seu namorado lhe leu os pensamentos.

Como infelizmente só existem nas praias portuguesas indivíduos a vender bolas de Berlim e línguas da sogra, o que na minha opinião é, efectivamente, um escândalo, pois muito mais importante do que comer coisas de nos secam as goelas, seria termos aqueles gajos que há nos concertos, que andam com um barril de cerveja às costas, armados em Ghostbusters, para podermos comprar e emborcar umas valentes cervejas.
Como tal, ainda não acontece, esse casal amigo, teve de fazer como o verdadeiro tuga: comprar umas garrafas de litro e levar para praia.

Chegados lá, o costume!

- Bebe cerveja;
- Estende a toalha;
- Bebe cerveja;
- Deita na tolha;
- Bebe cerveja;
- Sai da toalha para ir para a água;
- Bebe cerveja;
- Faz uma caminhada até a água;
- Bebe cerveja;
- Volta para trás, porque se esqueceu de deixar a garrafa na toalha;
- Bebe cerveja;
- Entra na água;

Passado umas horas e já depois das típicas brincadeiras de praia e das cervejas todas bebidas, a barriga dessa minha amiga que, sejamos sinceros, já não era pequena, ficou ainda mais inchada.
Enquanto fumava uma valente cigarrada, vem uma senhora que lhe diz:

“A menina desculpe. Tem lume que me faculte?!”

A minha amiga que, para desconhecidos é, uma pessoa super atenciosa e meiga, respondeu:

“GRRR…. %#”@##””.... (e estendeu-lhe o isqueiro)

A senhora, que segundo ela, até era muito educada e, uma vez que se deparou com uma pessoa que parecia um Dobermann a rosnar só porque lhe pediu lume, tentou novamente de forma educada, ser simpática!
 
“Muito obrigada!”

A minha amiga:

“GRRR…. %#”@##””....

A senhora já de cigarro aceso e com um ar assustado, começa a afastar-se em direcção à sua toalha.
Mas de repente, volta para trás e diz, depois de ter reparado na barriga inchada da minha amiga:

“Ooooh… Que ternura!...Está grávida!!... De quantos meses?!!

Neste momento vocês, os jagunços que lêem esta história, deverão estar a pensar:

“ Da maneira que o Jagunço a descreve, a gaja deve ter ido às fuças à mulherzinha e, estraçalhou-a toda!”

Sim, admito que, esse seria um desfecho possível, tendo em conta que essa minha amiga para além de ser um Diabo com mamas, não é flor que se cheire e usa quase sempre umas botas de biqueira de aço.

Mas não!... Em vez de espancar aquela doce senhora (o que era de esperar), ela foi o que se pode chamar de VERDADEIRA SENHORA!

Ela vira-se para a mulherzinha e diz (Sempre com ar de Dobermann, claro!)

“SIM, estou grávida!....Estou grávida de 6 Cervejas e meia!”



Prognóstico de final de jogo do Jagunço do Contra:



Apesar de tanto ela como o seu namorado na altura me terem contado o que se tinha passado com pormenores, eu adorava ser uma mosca para ver a cara dela aquando da pergunta da mulher!!


Recado para a minha amiga:
Como pudeste verificar, comigo, a tua identidade está sempre protegida, pois as pessoas não têm nada que saber de quem se fala nas minhas histórias….
Um beijo grande LURDES…


DIZ QUE NÃO!!!.......
O Jagunço do Contra