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segunda-feira, 28 de maio de 2012

(JR9) JAGUNCIANO REINALDO

Jagunços, méké, tá tudo?!

Como é sabido por todo o mundo (e arredores) eu sou o que se pode chamar de forma modesta, um Mago do futebol.
Um mágico com a bola nos pés.

Zidane?! Pelé?! Cristiano Reinaldo?!! Messi?! Maradona?!!...Tudo Cachopos, à minha Beira!
Perto de mim, iriam parecer todos, fracos amadores... num jogo, poderia ficar sozinho contra todos estes nomes que, lhes espetava, alguns 7:0, só na primeira parte!
Conseguiria passar por eles com a bola tão facilmente que os deixaria envergonhados com o primor das minhas reviendas, tudo isto com uma calma absoluta como se estivesse sentado porreiramente no sofá. E de facto até estava, pois tudo isso só seria possível se estivesse a jogar playstation!....Mas isso agora não interessa nada!

O que vos venho contar hoje é, nada mais nada menos que, o mais terrível e tenebroso episódio futebolístico, jamais contado e vivido por alguém!
E esse alguém como não poderia deixar de ser, sou eu!
Eu que, devido ao meu talento (ou falta dele) para o futebol, passei ao lado de uma brilhante carreira... de calceteiro ou de servente de pedreiro, porque no que respeita à bola, Deus me livre!... Coitados dos meus adversários. Chegariam ao final do jogo e dariam entrada imediata nos cuidados intensivos do hospital mais próximo!

Quando ainda andava na escola, como em qualquer escola e ano lectivo, existia (e ainda existe) um torneio de futebol entre turmas do mesmo ano e não só.
Não sei se por esta altura terá o mesmo nome mas na minha altura chamava-se "Torneio Inter-turmas".

Como é óbvio, tendo em conta  o meu jeito para praticar tão complexo desporto, eu nunca era (nem queria) ser escolhido para integrar nas equipas formadas para o efeito.
E assim foi, durante todos os anos que frequentei aquele estabelecimento de ensino, os gajos jogavam e eu, à laia de gaja, ficava nas bancadas a ver!...

Até que um dia, num certo ano, surgiu a minha oportunidade de mostrar o meu inigualável valor.

A minha oportunidade surge, porque a equipa da minha turma tinha falta de um elemento para que se pudessem inscrever, para aquele que tornar-se-ia no memorável, extraordinário e inesquecível: "Torneio Inter-turmas".

Depois de terem corrido a escola toda à procura de alguém, e não terem encontrado.
E foi uma procura pormenorizada, desde convidarem o Prof. de Geografia, mas sem sucesso, o prof. de Matemática e nada, a presidente do conselho executivo (a coitada da mulher tinha alguns 300 anos), que obviamente por motivos profissionais teve de declinar, inclusive a empregada das limpezas eles convidaram e nada!

Até que um dos meus colegas reparou que no canto da sala, se encontravam um individuo franzino e com uns óculos fundo de garrafa que, diga-se de passagem, tendo em conta a descrição, era o típico gajo da bola.

Esse lingrinhas era mesmo eu!...

Sem alternativa e de cabisbaixo, lá vieram eles contrariados falar comigo.

"Oh fininho, queres participar no torneio de futebol?!"

Naquele momento, pensei:

"Será que estes gajos finalmente descobriram o meu valor a nível futebolístico?!"
"Será que estes gajos não sabem que não sei e não gosto de jogar à bola?!!"

E por fim o pensamento que me povoou este mirrado cérebro foi o que para mim me parecia o mais assertivo...

"Estes gajos estão completamente bêbados!!"

Carregadinho de curiosidade, não resisti a perguntar, o porque de tão amável proposta!

"Vocês sabem que odeio jogar futebol. Que não tenho jeito nenhum para a coisa... porque me convidam?!"

Ao qual e de forma respeitosa me responderam:
“ Oh caixa d´oculos, tu achas que se tivéssemos alternativa te vínhamos convidar?!!...Só te estamos a convidar porque, não temos mais ninguém!!!....Aceitas ou não?!”

Depois de tão amável resposta, eu como é óbvio, recusei! Deixando em pânico os autores de tão contrariada proposta…

Os dias foram passando e a pergunta era sempre a mesma:

“Epá, bora lá!... Vai ser fixe…” 
(Reparem que nesta altura, acabou-se o “caixa d´oculos” e ou o “Fininho”!!)

E a resposta era sempre a mesma:

“Não!”

Até que depois de vários dias a levar com aquilo, fui vencido pelo cansaço e aceitei integrar a equipa de futebol…

A principio não achei piada estar num campo, sem jeito nenhum para lá estar e, pior, estar a fazer figuras triste com tanta gente a assistir!
Mas com o avançar dos dias e o aproximar da data do 1º jogo, fui fantasiando com estádios cheios, golos de pontapé de bicicletas, remates fora da área… etc, etc, etc…
O que fez de mim um poço de confiança….

Chegou finalmente, o dia do 1º jogo e é com todo o orgulho que visto a t-shirt branca que cuidadosamente os membros mandaram estampar com, nome, numero e claro o nome da equipa.

Entrámos em campo e não sei se por os restantes elementos da equipa terem jeito para a coisa ou se por ter passado o jogo inteiro sem tocar na bola, ganhámos o jogo e passamos à fase seguinte!

Veio o 2º jogo e mais do mesmo!... Não toco na bola, mas lá passamos!

Sem que nos apercebêssemos, estávamos na meia-final!
As quatro melhores equipas da escola em prova e eu fazia parte de uma delas… mesmo estando apenas a fazer figura de corpo presente!

Na meia-final, volto a não tocar na bola, mas tive preponderância no resultado.
Afiancei, uma real pantufada num dos jogadores da equipa adversária, que me valeu um cartão amarelo e um livre directo contra a minha equipa.
O que fez com que após a cobrança do mesmo, ficássemos a perder por 1:0.
Com muita garra e comigo sem tocar na bola, conseguimos dar a volta ao resultado e passar à final, fixando o resultado final em 2:1.

Estávamos na final, e isso já ninguém nos tirava… sentíamo-nos invencíveis….

Chegou o dia da grande final e sentia-se a euforia no ar…

Eu, pobrezito, que nunca tinha passado por algo parecido, nem sabia o que fazer, mas olha, em Roma sê como os romanos, fui na onda….

Entrámos em campo e o jogo começa.
Pela frente tinha uma equipa de marmanjos muito mais velhos e possantes que nós.
O guarda-redes deles parecia uma muralha intransponível…
O jogo decorria e nós, catraios, até nos estávamos a aguentar bem (claro! Eu ainda não tinha tocado na bola!), chegámos ao intervalo com o resultado 0:0.
2ª Parte começa e o filme repetia-se!... Eles por cima no jogo e nós a aguentar, à espera de uma oportunidade para contra atacar… e eu, com um papel fundamental em não tocar na bola, como é claro!
O jogo já se encaminhava para o final e já toda a gente pensava em penaltis…
Até que...
… Sem querer a bola vem ter aos meus pés!

Depois de um torneio inteiro sem tocar na bola, achei que o facto de a bola ter vindo ter comigo se tratava de um sinal divido como quem diz:

“Remata, seu cão!... Marca e levanta o estádio!”

E assim fiz!

Na minha direcção vinha o guarda-redes da equipa contrária que mais parecia um Armário comprado no Ikea, daqueles que têm espaço para guardar toda a roupa de uma família de 8 elementos….

E eu no cimo do porte atlético e jeito para o futebol parti para cima dele com o intuito de lhe fazer um maravilhoso chapéu…

O problema foi que, sem saber como, remato a bola com toda a força e inacreditavelmente a bola vai à baliza.
Só que bate violentamente na barra, o que faz com que se oiça das bancadas em coro um gigantesco:

"OOOOOOOHHHHH"!!!

Depois de estremecer a baliza a bola vai parar directamente aos pés do adversário que, e uma vez que o jogo se encaminhava a passo largos para o final, se dirigiu rapidamente para a nossa baliza.
Eu frustrado e de orgulho ferido por ter falhado tão valioso tento, enchi-me de força e, comecei a correr na direcção do "mamute" que levava a bola, para tentar evitar o que parecia inevitável, que eles marcassem o golo que lhes daria a vitoria!

E não é que consigo?!!!

Aqui o Jagunço cortou mesmo a bola aquele gajo enorme!!

A pior parte vem agora, 
No calor do momento, corto a bola, remato para onde estava virado e de qualquer maneira.
Só que infelizmente naquele momento estava virado para a minha baliza....
E o que não tinha conseguido fazer na baliza adversária, acabei por faze-lo na minha própria baliza...
O nosso guarda-redes, vendo a desmarcação do adversário, saiu da baliza afim de lhe cortar a bola, o que fez com que, quando efectuei aquele maravilhoso e decisivo corte de bola, passasse por cima dele fazendo um lindo e preciso chapéu!

Na minha baliza......... 

Escusado será dizer que, com os restantes elementos da equipa a correr atrás de mim com tacos, forquilhas e outros materiais fofinhos, não só marquei o golo mais bonito do torneio, como bati o recorde mundial dos 100m, pois tive que fugir do campo o mais depressa possível...

Prognóstico de final de jogo do Jagunço do Contra:

Nem vou comentar o meu maravilhoso talento para o futebol, pois pelo que acabaram de ler, acho que ficaram docemente elucidados.

O que vos posso dizer é que, posso não ter ganho o troféu, mas que fiquei com um invejável preparação física nas pernas, disso não existe a menor duvida!
DIZ QUE NÃO!!!.......

O Jagunço do Contra

sexta-feira, 25 de maio de 2012

EU SOU O CLIFF BURTON!!!


Então Jagungos, tá tudo?

Epá, ele há com cada um!......

Ante-ontem fui ao Domingos e encontrei-me lá com um amigo meu para bebermos umas mines.
Não que tivéssemos combinado algo mas, como moramos na mesma rua, foi fácil encontrarmo-nos, pois quem mora naquela rua sabe que o local de paragem obrigatória é a tasca do Domingos.

Estava eu porreiramente na conversa com o Chico que, ao contrário de mim, que tenho a mania que sou/fui musico, ele sim é realmente um músico a sério!
Daqueles que toca instrumentos e tudo, e até percebe da coisa.

Como é óbvio, o tema da nossa conversa é mais do mesmo, ora bola ora música.

Como ontem eu estava com uma t-shirt do Iron Maiden vestida, a conversa envergou por ali: música.

E lá estávamos nós descontraidamente na conversa, acompanhados das nossas fieis minis, quanto reparamos que no fim da rua vinha na nossa direcção um mendigo daqueles que, só alguém que viva em França é que consegue estar suficientemente longe para não sentir o maravilhoso pivete que daquele corpo saia.

Até aqui tudo bem, deixa lá o carocho seguir a vidinha dele...desde que não venha para aqui chatear, tudo bem!
O problema é que ele foi mesmo chatear-nos! Até parece sina, mas é mesmo verdade.

O gajo veio na minha direcção de mãos no ar, direitinho para a minha t-shirt, claro que lhe disse logo:

"Hei, hei, oh maduro?!....tem lá calma, ok?!...Qué que tu queres?!"

Ao qual o gajo responde:

"Quero só ver! Posso?!"

Eu: Podes. Mas ver é com os olhos!

Não sei se por ter sido algo agressivo com as palavras ou se por ele ser fã da musica "The Trooper" doS "Iron Maiden", o gajo agarra-se à cara e desata numa choradeira pegada, que acabou por me deixar sem reacção, fiquei mesmo indignado. Mas não fui só eu, o Chico estava tão perplexo quanto eu, é algo que não acontece todos os dias. Para alguns, vai já o: “ Sim…. Tenho íman para estas pessoínhas….”.

Continuando:

Eu: “Então, pá?!....Estás a chorar porquê?!!”

Depois de enxugar as lágrimas e ainda todo comovido, crava-me um cigarro, como se eu não tivesse à espera. Depois de todo este teatro, ele começou a explicar o motivo de tanta emoção:

"Estou a chorar, sim......e sabes porquê?!
...E se eu te disser que faço parte do Iron Maiden?!"

Eu: Eu digo-te que é mentira!

Ele: É mentira?!....Como é que sabes?!

Eu: Porque conheço os elementos da banda e sei o nome deles todos....

Pensava eu que a conversa ficaria por ali, borrifei-me para aquele perfumoso indivíduo e continuei na conversa com o Chico.
Mas de pouco nos valeu, porque o gajo, que já tinha posto pernas a caminho, volta para trás, interrompe-nos e diz:

" E se eu te disser que sou dos U2?!...Acreditas?"

Eu com ar irónico respondo: Aí já sou capaz de acreditar.....és parecidíssimo como o Bono Vox!!

Ele fica calado a olhar para mim, como quem pensa que me tinha conseguido enganar, mas na verdade o que ele pensou foi:

"Se o consigo enganar uma vez, consigo enganá-lo duas!"

E o gajo vira-se e diz:

"E se eu te disser que faço parte dos Metallica, acreditas?!!"


Epá, assim já é enxovalhar o meu mirrado cérebro!...Teve que ser, não podia deixar o caroxo sair dali a pensar que tinha engrupido aqui o caixa d´oculos!....


Eu: Por acaso até acredito...Deves ser o Cliff Burton que morreu em 1986, porque pelo cheiro que deitas, só podes estar morto!...e já há muito tempo!......


Prognóstico de final de jogo do Jagunço do Contra:


Como ar de achincalhado, lá foi o carocho rua acima, sem que daquela boca saísse mais alguma palavra nem sequer um sorriso...

Mas pelo menos já se pode dar por feliz... não é todos os dias que nos acham parecido com alguém tão grande como o MESTRE Cliff Burton.


DIZ QUE NÃO!!!.......
O Jagunço do Contra

quinta-feira, 24 de maio de 2012

"CONHECES O ZÉ BRUTO?!!...É MEU SOBRINHO!.."

Olhós gaj´s!.....Quem é q´anda aí?!!...Seus Jagunços.......

Já algum tempo que ando para partilhar isto convosco, mas devido à crise fui obrigado a emigrar durante algum tempo, para esse país tropical, chamado Reboleira. Como a Internet ainda não chegou a esse paradisíaco lugar, não pude fazer o obséquio de vos presentear com esta deliciosa peripécia que vocês, os que perderam a cabeça e vieram aqui, vão fazer a fineza de ler....

Como não quero que vos falta nada, aqui vai......

Da enormidade de amigos que pára na mítica tasca do Domingos, existe um que, quando ler este distúrbio cerebral em forma de escrita, saberá melhor do que ninguém do que estou a falar.
Refiro-me claro está, do meu amigo Daniel, mais conhecido no mundo dos metais, alumínios e afins, como Correntes.

Por entre muitos, eu e ele, devemos ser dos clientes mais assíduos daquele estabelecimento, já que a tasca do Domingos fica situada na nossa zona de residência.

Somos de tal maneira assíduos que, até já temos uma frase própria para pedir minis: 

"Domingos?!....Embebedai-nos, por fabor!"

Mas não é para falar de distâncias nem de linguagem tascal que, aqui estou.
Venho falar sim, de um sujeito que sempre que eu e o Correntes estamos no Domingos, mais tarde ou mais cedo acaba por aparecer.

Até já achamos estranho quando ele demora a aparecer!
Refiro a um individuo que, aparentemente, dá pelo "nome" de Leão!!

Gajo tipicamente Português, na casa dos 40 anos.
De camisa aos quadrados, calças de Fátréno com a meia branca e sapato clássico de verniz
Até aqui, nada de novo, portanto.

O que o diferencia do típico português da tasca é o facto de para além de embicar sempre comigo e com o Correntes, o gajo é CHATO, CHATO, mas TÃO CHATO!!.....

Está-se completamente a borrifar, se estamos na conversa ou se o assunto é o estado do tempo, ou se a nova contratação do Aljubarrotense ou se o último álbum dos Pólo Norte… não há vez nenhuma que ele não nos interrompa. Caricato da situação é que a abordagem é sempre a mesma e peculiar:

"Pá, chavais?!!.....Vocês conhecem o Zé Bruto?!!...É meu sobrinho!"

Estranho, não é?!
O gajo usa sempre a mesma frase!!...Agora imaginem ouvir vezes sem conta durante uma tarde esta frase!
Sempre que o conseguimos "desmarcar", lá vem ele à carga: "Conhecem o Zé Bruto?!...É meu sobrinho!"
 
Como bom bezano que se preze, raras são as vezes em que ainda se consegue perceber o restante discurso a seguir à mítica frase. Mas houve uma altura em que, apesar de já estar meio torto, ele lá conseguiu expressar-se, tanto que conseguimos perceber mais alguma coisinha!

Foi num dia em que o gajo vinha de braço dado com uma "sopeira" da sua faixa etária e, apesar de vir devidamente acompanhado, com quem é que ele vem ter??

COMIGO E COM O CORRENTES....

E como não poderia deixar de ser ele começa a sua lenga lenga:

"Méké, chavais?!...Tá tudo?!..."

Neste momento, tanto eu como o Correntes ficamos com ar de parvos a olhar um para o outro com os olhos arregalados, pensando:

"O quê?!...Este gajo está doente!....E o Zé Bruto?!"

Afinal ele tinha feito uma pequena pausa, porque de seguida ele safou-nos de ter um ataque cardíaco e diz:

"Vocês conhecem o Zé Bruto?!!...É meu sobrinho!"

Mais aliviados, provocado por tão bela frase, lá o deixamos continuar o monólogo para ver se de uma vez por todas, ele dizia mais do que aquela irritante frase!

Nós: Que ele é teu sobrinho, já percebemos, mas quem é o gajo, pá!

Ao qual ele, sabiamente, responde:

É meu sobrinho!

Com esta estrondosa demonstração de inteligência, ficámos de tal forma resignados que, nem para lhe responder com um simples OK tivemos capacidade.

Mas ele alheio a qualquer reacção, continuou a historia!...

"O Zé Bruto, foi dos primeiros rockabilly em Portugal...
Estão a ver esta gaja aqui ao lado?
Foi a 1ª pinup  de Portugal.
O Zé Bruto, o meu sobrinho, andava maluco para a montar, mas agora quem a anda a comer sou eu!!"

Isto tudo com a gaja ali, a presenciar aquele respeitoso discurso.
Para piorar a situação ele vira-se para nós e diz:

"Gostam?! (referindo-se à gaja!) 
Querem comprar?..Vendo barato!"

A gaja de uma assentada, espeta-lhe uma real, encorpada e inesquecível galheta pelos queixos e arranca passeio fora, deixando-o agarrado à cara e sem reacção, e a mim e ao Correntes roxos de tanto rir!...

Mesmo assim, ele termina (de forma envergonhada) aquela embaraçosa situação com isto:

"Já viram, do que é que o Zé Bruto se livrou?!!...Put* do Cara***!.....
Por falar em Zé Bruto.....Vocês, conhecem o Zé Bruto?!...é meu sobrinho!".....


Prognóstico de final de jogo do Jagunço do Contra:


A verdade é que, tanto eu como o Correntes temos este Karma, em que o gajo não nos larga nem à lei da bala!....

Se conhecemos o Zé Bruto?!!

Claro que sim!........... É o Sobrinho do Leão!.......


DIZ QUE NÃO!!!.......

O Jagunço do Contra


terça-feira, 22 de maio de 2012

666... 6! (Versão 1.9 TDI de Satânico)

Boas, seus jagunços, tá tudo?!

Como já é certo e sabido, tudo o que seja combinações que meta mulheres ao barulho, dá para o torto.

Seja por causa do tempo, porque está a dar o programa da Júlia Pinheiro, porque têm de se arranjar ou simplesmente, porque na óptica delas, chegar a horas é falta de educação. Elas chegam sempre tarde e más horas!!... Se não reparem no que vos vou contar.....

Certo dia, estávamos nós a confraternizar ao som de uma valentes "gasosas", quando a meio da conversa vem à baila a Oktoberfest 2011 (Festa da cerveja alemã). Como eu nunca fui, demonstrei todo o interesse em ir visitar.

E como entre os presentes, não existia ninguém que não gostasse de "aviar" umas valentes "gasosas", decidimos ir todos até à dita feira...Ficou combinado, às 15:30 na porta do Domingos (que nesta altura do campeonato, dispensa apresentações, todos sabem do local).

O dia chegou e, como é óbvio, às 15:30, lá estava eu e o Correntes que, como gajos que somos, bastou que nos tivéssemos levantado 10 minutos antes, que teríamos tempo para:

- Acordar;
- Ir mijar;
- Fumar um cigarro;
- Tomar banho;
- Vestir
- Comer qualquer coisa;
- Fumar mais um cigarro;
- Lavar os dentes;
- Fazer um zapping na tv;

Que mesmo assim conseguiríamos chegar a horas, conforme o combinado.

No caso das duas senhoras que supostamente deveriam ter chegado a essa hora, aconteceu tudo menos chegar a horas.

Hora de chegada das senhoritas:

Martinha: 16:45

Susaninha: 17:55

Como podem verificar, se tivéssemos a morrer, teríamos morrido mesmo, porque mais importante que chegar a horas é decidir o que vestir por entre 5.000 vestidos.....

Como a Martha foi ligeiramente mais rápida a chegar do que a Susaninha, enquanto esperávamos por ela, eu, o Correntes e a Martha, fomos molhando o bico.

Até que, o Correntes (namorado da Martha) entra na tasca onde estávamos para ir ao WC.

Eu e Martha ficamos cá fora na conversa, enquanto o Xôr Correntes se tinha ido "aliviar"...

Até que, do nada, aparece um individuo de origem "Martim-Monensse", que perdido de bêbado, começa a falar connosco da porta do Domingos que, ficava para ai a uns 30 metros de onde nos encontrávamos....

Até aqui, nada de novo, pois se existesse coisa que temos jeito é, para aturar bêbados.

Pelo menos eles não nos largam!

Não sei se é karma, se será alguma espécie de íman....o facto é que, essa gente que adora andar para ai aos ziguezagues, adora vir ter connosco.....

E assim foi, mais uma vez.

Ele: hunfddesdahhgggg...

Nós (eu e a Martinha): ?????!!!!!! (seguido de risos)

Ele: huasdndfnadfasgggg!!....

Eu à laia de "sacode" viro-me para a Martha e digo-lhe: Prima, está a falar contigo!!

Ela olha para ele e diz:

Está a falar comigo?!!!

Ele: Hadharasdfggsds….sim! hinc!!

Ela: E o que é que você quer?!!

Meus amigos, aquela senhora tinha acabado de fazer a pior coisa que alguém pode fazer, no que a bêbados diz respeito: RESPONDEU-LHE!!

Está-se mesmo a ver o que aconteceu de seguida, não é?!

Lá vem o raio do “pingas” ter connosco!!!.......

Ele: …Acreditas em Deus?!!....

Ela: Sim…pode dizer-se que sim, porquê?!

Ele: E és de que religião?! (como se de uma equipa de futebol de se tratasse!)

Ela: acredito mas, não tenho religião!

Ele: Mas eu sou Judeu!!

Ela: E?!!! (como quem pergunta: “o que é que eu tenho haver com isso!”)

Ele ao reparar o ar de desdém da Martinha, começa a “fermentar” ao ponto de partir para o enxovalho.

Ele: Estás a olhar para mim com essa cara?!!...Tu és “Santânica”!!! És um BELZEBÚ!!!!

Eu, que aquilo até tinha corrido bem para o meu lado, no que toca a “desmarcar” o “esgota pipas”, não consegui ficar calado quando este começou a achincalhar a Martinha, até porque o Xôr Correntes devia estar lá dentro a encher um garrafão de 5L…..

Eu: Óh Zezinho?!.....Calminha, ok?!...

Ele: E porquê?!! (armado ao pingarelho!)

Eu: Porque já estás a passar das marcas e porque te estás a esquecer que estás a falar com uma senhora!
Ele: Mas eu não estava a ofender!...Vocês sabem o que é um Belzebu?!!

Eu: Por acaso até sei!...e convenhamos que, chamar Belzebu a uma senhora, não é algo muito agradável! Olha, por acaso não quererás ir à tua vidinha e deixa-nos em paz?!..Só naquela….

Ele olha para mim e diz, enquanto de presenteia com um valente “bacalhau”: “Gosto de ti!...És porreiro!”

De seguida, olha para a Martinha e diz, com um ar ofendido: “Tu?!....Tu és um Belzé…um Belzebu!.....Sabes qual é o teu numero?!! 666… 6!!

Nisto, olhámos um para o outro e a única reacção foi quase cairmos para o chão a rir!

De seguida, e já depois de ter enchido 3 garrafões, com a sua mercadoria bexigal, chega o xôr Correntes que, sem perceber um boi do que, ali se tinha passado, nos pergunta o porquê de tanta risota!



“viste o bêbado que se cruzou contigo agora, quando vinhas a sair do Domingos?!”

Ele: Yá...

“Ele veio até aqui e, bla… blá, blá….!”

Passado um bocado e ainda à espera da Susaninha que, 2H depois do combinado, ligou a avisar que estava atrasada, quem é que sai do Domingos e vem na nossa direcção?!!

O “Seca adegas”!!!

Que se vira para mim e para a Martha e diz: “Com vocês já falei… agora quero é falar aqui com o amigo do cabelo rapado!”

Ele: Épa, não me leves a mal, mas eu sou Judeu!.... e tu?!

Correntes: …….. (nem olhou para ele!)

Ele dá-lhe um toque no braço e diz: Estás a ouvir-me?!!.... estou a falar contigo!!....

Corrente: Sim, és Judeu e depois?!....O que é que eu tenho haver com isso?!!!

Ele olha para o Correntes e diz:

Pela maneira como falas, de cabelo rapado…..hum?!.....Tu és lá dos Hitlers!!!!


Prognóstico de final de jogo do Jagunço do Contra:


Ainda hoje cada vez que nos lembramos disto, gozamos tanto com a Martinha como com o Correntes!

Pois se ele, é lá dos Hitlers, a Martinha é uma versão 1.9 TDI de Satânico!


Não é uma reles 666 mas sim, 666…6!

 
DIZ QUE NÃO!!!.......
O Jagunço do Contra

quarta-feira, 21 de março de 2012

A TV GIGANTE (com ecrã de 3 polegadas) 2, O REGRESSO


Boas, Jagunços, tá tudo?!


Não sei se será Karma, perseguição ou castigo dos Deuses que, por sofrer de "toupeirismo acentuado", fazem sempre com que, em dia de jogo, de uma forma ou de outra tenha que "assistir" ao jogo em televisões de dimensões ridículas.

O que vos venho contar, e tal como o próprio titulo indica, poderia ser perfeitamente um "Copy Past" de um dos textos anteriormente escritos. Mas como há sempre qual quer coisa mais, algumas pequenas grandes diferenças, é preferível contar a história na íntegra.


Tudo se passou na 6ª Feira, dia em que o Futebol Clube do Porto, vinha a Lisboa "Passear" ate ao seu salão de festas...
E tal como nos tempos medievais, em que nas festas existia sempre o mítico "Bobo da corte", também nós tínhamos que ter tal fonte de entretenimento. Papel que ficou ao encargo de uma colectividade de seu nome Spor’ Lisboa e Benfica......

Estava eu convencido que, iria assistir ao jogo no Domingos, sítio onde 90% da população que lá pára é benfiquista e onde o espaço não é coisa que abunde, mas é um local que possui um LCD que, dá para um gajo estar cá fora a fumar uma valente cigarrada e a ver o jogo ao mesmo tempo.


Até que, do nada, o meu amigo Bruno, vem-me com uma conversa do tipo:

"E se fossemos ver o jogo a um restaurante ali no Campo das Cebolas?!...Jantávamos enquanto víamos a bola...que dizes?!"

Eu já escaldado com o sucedido nos anos da Matha, perguntei logo:

"E o tamanho da TV?!!....Olha que não quero ver o jogo num ecrã de Playstation portátil!"

Ao qual aquele artista me responde:

"Primo, sem stress...Estamos a falar do FCP...Achas que te levaria para um sítio onde não desse para ver o nosso Porto em condições?! Aquilo não só tem 1 TV como tem 2...."

Uma vez que aquele gajo é um dos meus, que, adora, vive, come e respira Porto, fiquei descansado....

O dia do jogo chegou e lá fomos nós em direcção ao restaurante para que, de uma forma descansada, pudéssemos assistir porreiramente ao jogo em HD....
Pelo caminho passamos numa loja de televisores e tendo em conta a descrição das TV’s daquele artista, perguntei:


"É aqui?!"

Mas não, não era....continuámos e chegados ao restaurante, é a salivar à laia de perdigueiro que entro porta a dentro em busca das gigantescas TV’s...
Uma vez lá dentro o que é que eu encontro?!!


Não duas, mas uma televisão.......com um ecrã gigante de 3 polegadas!!


Prognóstico de final de jogo do Jagunço do Contra:


Como se não bastasse, para além das gigantes dimensões do ecrã, ainda existia um candeeiro de rua antigo que, tapava 20 a 30% do ecrã...

Ora digam lá que isto não é perseguição?!!

A única coisa que se aproveitou, para além do pessoal que estava presente, é que o FCP ganhou o jogo... e melhor que ganhar os 3 pontos frente ao Benfica e assumir a liderança no campeonato, foi que o golo que dá a vitoria é marcado em offside. O que deixou roxos todos os benfiquistas presentes!... he he he...

PS: Só tenho pena que não tenha sido marcado com a mão, para a azia ser ainda maior!...


DIZ QUE NÃO!!!.......
O Jagunço do Contra

terça-feira, 20 de março de 2012

O PEDRO RANBO

Méké jagunços, tá tudo?!

Hoje venho falar-vos de alguém que só alguns jagunços conhecem.
Para falar desta lendária personagem terei que abreviar algumas pérolas e juntá-las numa só história.
Se fosse contá-las uma a uma, estava FDD, pois esta inigualável criatura é um poço de estupidez e para contar, seria como os fascículos da Planeta Augustini, em que no final teríamos um enciclopédia de quase 300 livros com 1500 páginas cada um.


Por isso, e muito mais, vou tentar contar-vos as que mais me parecem engraçadas, de forma resumida, deixando para o final a minha preferida.

Vamos lá à descrição desta figurinha ímpar.

Com um 1,90 cm de altura e com 45 kg de peso, com calças justas de ganga, que lhe assentavam como se tratasse de uns corsários, e de t-shirt do mundial que decorreu em Itália em 1990, imergia das sombras o mítico e inigualável, Pedro Ranbo.

O Pedro Ranbo era uma das personagens mais estranhas que pela minha vida ajagunçada passaram. Ele fazia lembrar o Wolverine, dado o comprimento das suas unhas que, por nunca terem visto um corta unhas, eram tão compridas que quase que arrastavam pelo chão!!

Entre muitas e inesquecíveis peripécias, ele fez coisas que, ninguém dito normal faz!

Uma vez enquanto passeava pela rua, com o seu inseparável amigo Paulo Rua (outro doente), passaram por uma real poia canídea. Esta situação fez com que brotasse da mente distorcida do seu amigo Paulo, a seguinte frase:

"Oh Pedro, diz que pisar merda é sinal de dinheiro!"

Olha o que aquele ótario foi fazer!!
De seguida, Pedro Ranbo de uma assentada só salta de pés juntos em cima do cagalhão, esborratando tudo à sua volta assim como os seus ténis e calças.


Paulo: "Porque fizeste isso, pá?!"
Ranbo:"A ver se fico rico!"

Mas quem faz isto??? Ninguém mesmo! Só mesmo o Ranbo.


O Ranbo era portador de uma belíssima lanterna da Duracell, que era francamente boa!
Grande e pesada, dava luz que quase dava para iluminar o quarteirão inteiro.
Podia não ser o supra sumo das lanternas, mas não andava muito longe disso, pois era realmente boa.


Toda a malta e arredores já conhecia bem a peça. Dois dos meus melhores amigos, que são gémeos, viviam no mesmo prédio do Pedro Ranbo e arranjaram uma artimanha de forma a conseguir a bela da lanterna.
O Pedro Ranbo era perdidamente apaixonado por Tulicreme, poder-se-ia dizer que era viciado.
Os gémeos foram ter com o Pedro Ranbo para fazer um excelente negócio.


Um dos gémeos virou-se para o Pedro Ranbo e disse:



"Pedro, que bela lanterna tens tu aí!! Queres vende-la?!"
Pedro Ranbo - "Pois é! Mas é minha... e não a vendo!"

Um dos gémeos saca de dois pães, besuntados com Tulicreme e disse de forma sábia:



"E se trocarmos por estas duas carcaças com Tulicreme?!"


Num ápice, esses meus amigos tinham a lanterna na mão, pois Pedro Ranbo, não conseguiu resistir a tão grande tentação do seu maravilhoso Tulicreme.


Por certo, que por esta altura já devem estar a pensar que devo estar a sofrer de algum sindroma, pois tenho estado o tempo todo a escrever de forma incorrecta o nome de Ranbo. Até podem dizer que sou analfabesta, que não deixam de ter razão.
Mas não foi à toa que o escrevi dessa forma. Uma vez a palavra Ranbo, surge na magnifica peripécia que vos ainda contar. E aí sim, vão perceber!


Há muito, muito tempo, éramos nós… mais putos. Nessa altura, e tendo em conta a geração a que eu e os Jagunços pertencemos, todos tínhamos a mania (era só mesmo mania) que éramos grafiters.

Com a mania latente em nós, houve um dia com as mochilas carregadas de latas de spray, sentamo-nos no fundo do prédio desses meus amigos Gémeos, à espera que eles descessem para irmos "pintar" paredes naquela noite.

Como já vos tinha dito mais acima, quem é que morava nesse mesmo prédio no R/C?!!
O Pedro Ranbo!


Que ouvindo o burburinho vindo da entrada do seu prédio, não resistiu e teve que vir à janela, verificar de quem se tratava!
Nós sabendo que ele não jogava com o baralho todo, começamos a metermo-nos com ele:


"Oh Pedro deixa-nos fazer um grafite no teu quarto!"
Pedro:"Népia!... Eu é que faço!..Empresta aí uma lata!"

E assim foi!
Peguei num resto de uma lata Azul escura e lá lha dei...
Aquela arara vira-se para nós e diz:



"Não posso fazer no meu quarto, se não a minha mãe lixa-me a cabeça... vou antes escrever o meu nome aí fora!"


Nesse momento, ele pega na lata e na parte de fora do prédio, com os vizinhos a ver, escreve ao lado da janela que dava para o seu quarto:

PEDRO RANBO


Nós ainda tentamos dizer-lhe que Rambo estava mal escrito, mas o que nos foi respondido foi:


"Vocês são mesmo ótarios...nem escrever sabem!"


Como podem constatar, não me enganei, pois Rambo escreve-se efectivamente como ele escreveu!...RANBO!!


Como prometido, deixei para ultimo a que, para mim é sem duvida a mais estúpida e fantástica peripécia daquela ave rara...

Em conversa connosco, em tom de desabafo, Pedro começou-se a lamentar que a consola que tinha adquirido tinha um problema nos comandos.


"Epá, sempre que ligo a consola, aquilo fica parvo!!.. Não percebo!!..
Ligo e até aqui tudo bem, o problema é quando pego no comando... Aquilo fica maluco!!

Começa a alternar o jogo com o menu de pause!!..tipo intermitente ou psicadélico!..."



O ânimo daquela criatura estava tão em baixo que nem força para gozar (como de costume) com ele tivemos... por isso, tentamos ajuda-lo e dissemos:


"Oh Pedro, já que moras no R/C vai a casa e liga a consola que nós aqui de fora tentamos ver o que se passa com ela."


E lá foi ele. Chegou a casa, abriu a janela para que pudéssemos espreitar e liga a consola!
E lá estava o problema, exactamente como ele tinha referido!... Sempre que carregava no botão X, o jogo ia imediatamente para o menu de PAUSE!!
Até que alguém lhe pediu o comando para experimentar...
E a consola funcionou na perfeição!!!
Alheios ao que se passava, ficamos todos intrigados com o que se estava a passar!...Principalmente o Pedro Ranbo que, como dono da consola sentia-se traído, pela sua aquisição não funcionar apenas nas suas mãos!!


Passados alguns momentos, chegamos à conclusão de tão complexa situação.
Uma vez que, aquela figurinha, nunca tinha cortado as unhas na vida, a resposta era simples!
Enquanto pressiona com o polegar o botão X do comando, como tinha a unha exageradamente comprida, pressionava ao mesmo tempo com a unha o botão Start que, dava acesso ao menu de pause.

Ora, agora digam lá se esta criatura não poderia perfeitamente entrar num filme de Hollywood, hein?!

Existem várias personagens que ele poderia encarnar, como:
  • Há quem diga que, faria lindamente de Braquiossauro no Jurássic Park, devido ao tamanho do seu pescoço.
  • Há quem diga que, poderia fazer de Wolverine no X-man, devido ao tamanho das suas unhas.
  • Há quem diga que, a seu grau de estupidez é tão grande que, podiam ter corrido com o Jim Carrey do filme "Doidos à Solta" e porem-no lá a ele. (Concordo!)
Era realmente de uma fornada de estúpidas peripecias que não há memoria.
A forma estúpida e demente como agia era tão natural que, por vezes, pensávamos que ele só poderia estar a brincar ao fazer/dizer aqueles hinos ao atraso metal!.....


Mas jagunços, por incrível que vos possa parecer, tudo o que vos acabei de contar é a mais pura das verdades...



Prognóstico de final de jogo do Jagunço do Contra:


Voltando ao assunto dos filmes,
Na minha mais sincera opinião, acho que esta personagem saída nos ovos da Kinder, (que surpresa mais mal montada!!), não precisava ser incluído em nenhum elenco já existente!
A estup...vida dele já daria um verdadeiro filme de comédia non sense!

Ainda o vamos ver no papel de Stallone em: RANBO XX, o predador das carcaças com Tulicreme!


DIZ QUE NÃO!!!.......
O Jagunço do Contra




 

terça-feira, 13 de março de 2012

SCP vs FC (meio) TORTO


Méké Jagunços, tá tudo?!


No passado mês de Janeiro, a convite de uns jagunços tripeiros amigos meus, estive presente num "estádio" que ao entrar fiquei na dúvida se estaria numa sucursal da Robbialac ou num campo de paintball acabado de utilizar, tudo isto porque tantas eram as cores por centímetro quadrado.

Ao contrário dos que ofensivamente alcunharam aquele espaço de "Casa de banho", eu acho que não faz sentido chamarem-lhe tal coisa. Até porque existem casas de banho muito mais bem acabadas que aquele pardieiro!

Por certo e, tendo em conta o amor que me une àquele colosso do futebol distrital e da modalidade do arremesso da carica, deverão estar a pensar que me refiro ao estádio do Spor’ Lisboa e Benfica. Que sejamos sinceros, em termos de qualidade parece que os dois maiores clubes da capital tentaram, mais uma vez, competir entre si, para ver quem construía o "estádio" mais medíocre!

Mas desta vez vou deixar em paz os senhores a quem o Futebol Clube do Porto empresta semanalmente o seu salão de festas, pois o estádio onde tive presente nada tem a ver com o Benfica. Refiro-me ao estádio do Sporting Clube de Portugal.


Certo dia, estava eu na tasca a mamar umas min’s com outros 2 jagunços e, como é óbvio, o tema de conversa era o jogo entre o SCP com o FCP, que se iria realizar daí a umas semanas.


No meio da conversa um dos meus amigos diz:

"Épá, eu consigo arranjar bilhetes, para irmos ver o nosso Porto bater na Lagartagem!"

Tendo em conta que os Jagunços presentes eram todos do Porto, aquilo foi música para os nossos ouvidos!

Naquela mesma tarde ficou tudo combinado. Preço dos bilhetes, hora  e local de encontro com destino marcado para o grande evento. Inclusive, e não menos importante, o facto de não levarmos nada alusivo ao maior clube do mundo, não fosse o diabo tecê-las e voltarmos de lá feitos num 8!

O dia do jogo chegou! Local de encontro: DOMINGOS.
Eu e os outros 2 tripeiros, prontíssimos à hora combinada.
Tal como tínhamos combinado, não poderíamos ter nada vestido que denunciasse a nossa preferência clubista. Eu e o Bruno respeitamos o que tínhamos combinado. E aparentemente o outro jagunço também tinha cumprido com o combinado, pois encontrava-se de blusão preto vestido e fechado até cima, por isso tranquilo. Mas depois ao analisar bem, no final do blusão apareciam umas denunciantes riscas azuis e brancas, ai com filha….

Eu: “Estica, que t-shirt é essa?!....Não me digas que é a Porto!”

Ao qual o Sr. Estica, no alto da sua prenuncia nortenha, orgulhosamente nos responde:
“Sinhe. É miesmo…. Mas podeis ter calma que, num ide acontecer nada!”


Naquele momento, ficamos tão apreensivos que a única reacção que tivemos ou conseguimos ter foi: entrar na tasca e ir buscar mais uma rodada de minis.

Depois do choque inicial descobrimos que, o principal problema não era o facto de o Estica ter a camisola do Porto vestida, mas sim convencê-lo a despi-la e não a levar.
Quem é que conseguia demover aquele nortenho casmurro?!! Tá bem, tá!!!

Como não havia nada a fazer, lá fomos nós a caminho do estádio….

Saímos do Metro e entrámos na 1ª tasca que encontrámos para molhar o bico.

Depois de umas valentes canecas pelos queixos e de quase ter que fugir para que o Sr. Estica não me obrigasse a ir com o cachecol do Porto buscar os nossos bilhetes no meio dos Sportiguistas, lá seguimos, já meios tortos, em direcção ao estádio.

Só que pelo caminho a fome apertou e fizemos mais uma paragem nas famosas roulotes de bifanas, sempre presentes no redor do estádio.

Ainda não tínhamos chegado perto das roulotes e já conseguíamos ver que elas estavam à pinha de lagartagem…Para cima de 1000!
Tudo na fila para as bifanas e cerveja…….

O tempo foi passando e nós (os únicos gajos do Porto) estávamos a ficar roxos, não só de fome, mas também de tanto ouvir falar mal do nosso FC Porto.
E com o tempo a passar e sem que ninguém nos atendesse, a paciência foi-se esgotando…

Até que, do nada, o Estica passou-se e desata num berreiro, que fez com que toda a gente num raio de 10KM o conseguisse ouvir!!

“MENINA?!!! PODEIS FAZER O FABOR DE NOS ABIAR?!...OU É POR SERMOS POBO DO NORTE?!!...

A mulherzinha, com um ar assustado lá lhe respondeu:

“O senhor tem que esperar a sua vez, pois estão aqui muitas pessoas para serem atendias!”

Estica:

“O QUÊ?!!...EU BEM BEJO QUE ESTÃO A DESCRIMINAR OS GAJOS DO PORTO… ISTO É UMA BERGONHA!”

Como é óbvio a Sra. partiu-se a rir e o Estica remata com isto:

“A MENINA ABIA-NOS OU NÃO NOS ABIA?!!!

Eu, o Bruno e o Cláudio, que entretanto se juntou aos jagunços, estávamos cá mais atrás, para além de apreensivos, pois o que aquele gajo fez foi nada mais, nada menos do que uma atitude suicida, pois era como andar com um letreiro luminoso a dizer: “Espanquem-nos”
Estávamos tão perdidos de riso que nem reparámos que aquele jagunço nos estava a fazer sinal para nos aproximarmos!...

Pois é….. Acreditem ou não, apesar daquele momento suicida, o Estica de um momento para o outro tinha não só 4 bifanas na mão como 4 maravilhosas imperiais à nossa espera…….



Prognóstico de final de jogo do Jagunço do Contra:

Correu bem mas, podia ter corrido mal….
Uma vez dentro do estádio, já com o jogo a decorrer, esse artista vira-se para mim e diz:

“Carlinhos?!, Bamos mas é cagar para o jogo e bamos ali às roulotes buer umas “Gasosas”……

O engraçado é que já depois do jogo e dos milhares de pessoas que por lá passaram, nós passamos na mesma roulote e a mulherzinha reconheceu-o, tanto que lhe deitou um sorriso de como quem diz:

“Olho gajo que ia sendo espancado pelos lagartos!”


DIZ QUE NÃO!!!.......
O Jagunço do Contra

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

"...AND (IN)JUSTICE FOR ALL...."

Como é que é, seus Jagunços, tá tudo?!

Como hoje foi oficializada uma notícia que, por acaso, até já suspeitava que fosse acontecer e que não me deixou nada feliz, é óbvio que, estou com os azeites!
Como tal, hoje não haverá texto para a habitual galhofa que, tanto me caracteriza e aos quais tive a fineza de vos, habituar.

Apesar de não ser nada que à minha pessoa diga respeito, incomoda-me.

- Incomoda-me ver alguém matar-se a trabalhar e fazer jus à frase "Vestir a camisola", sem que na sua mente tenha apenas a subida na hierarquia, mas sim, o brio profissional e o gosto pela sua actividade laboral... o querer que corra tua bem e que a empresa atinja os objectivos traçados, sem que lhe seja reconhecido o devido valor.

- Incomoda-me, pessoas que a partir da hora que pegam ao serviço, a única coisa que lhes povoa a mente durante as 8H de trabalho é: "Nunca mais chegam as 18h!".

- Incomoda-me os míticos "Lambe-peidas" que parece que o único objectivo para que foram contratados é bajular única e exclusivamente o Chefe/Patrão.

- Incomoda-me quem, sem nenhum valor, consiga "subir" na empresa, ocupando o lugar dos que se esfalfam a trabalhar e que, por direito (bem, pelos vistos não!), deveriam ocupar esse mesmo lugar, pois esses SIM merecem ser reconhecidos.

- Incomoda-me, cachopos acabadinhos de sair do "Ovo" chegarem e ocuparem lugares que deveriam pertencer a quem trabalhou uma vida inteira para os merecer.

- INCOMODA-ME (e muito) ouvir, aquelas pessoas que quando o Chefe/Patrão passa, são só sorrisos e dizem: "Bem, vamos lá trabalhar, mais um bocadinho!" TRABALHAR?!!...como é possível essas criaturas proferirem essa palavra se nem sequer sabem qual o seu significado?!!...

- Enfim... Incomoda-me as injustiças existentes no mundo do trabalho...

Como já puderam verificar, algo de muito "Filho da puta" se passou por aqui... Uma das pessoas mais dedicadas, talentosas e trabalhadoras que já conheci, foi passada para trás (literalmente) por alguém com (menos de) metade da sua experiência e que, ironicamente tudo o que aprendeu, lhe foi ensinado por ela!!

Há uns anos atrás, quando ainda andava na escola, era considerado O Aluno (da escola inteira e de todos os anos) que melhor desenhava.
Havia professores que diziam que eu era o aluno que melhor desenhava desde a abertura da escola!!

Nunca achei isso e como tal nunca cai no inevitável vedetismo... Mas parecia que o meu talento fazia Cócegas a uns quantos colegas que faziam queixas aos professores por eu ser (e era!) um bocado baldas, principalmente nas aulas de desenho...

Exercia funções naquela escola, o professor de desenho, mais fantástico que já alguma vez conheci: O Senhor Professor Jorge Canadinhas.
Como tínhamos o mesmo jeito para o desenho e o mesmo gosto musical (Sim, a banda preferida dele era os IRON MAIDEN!), nós tínhamos uma proximidade que com outros alunos não existia.

Como seria de esperar, até isso, fazia confusão aos demais alunos da escola.
Como nunca cheguei a perceber o porquê, questionei na altura ao meu professor, o Senhor Professor Canadinhas!

"Professor, eu não me meto com ninguém, não piso ninguém, não me armo ao pingarelho por desenhar bem... Porque é que me olham todos de lado quando vêem os meus trabalhos?!".

Nesse momento, ele, com aquele sorriso característico, começou-me a contar uma história, que ainda hoje me lembro e me ajuda a ultrapassar momentos difíceis na vida.

Da mesma forma que me ajuda a mim, espero que ajude a minha colega que irá ler este texto, quase de certeza...

"Era uma vez, uma cobra que começou a perseguir um pirilampo que só vivia para brilhar.
Ele fugia rápido com medo da feroz predadora e a cobra nem pensava em desistir.
Fugiu um dia e a cobra não desistia, dois dias e nada!
... No terceiro dia, já sem forças, o pirilampo parou e disse à cobra:
Pirilampo: Posso fazer três perguntas?
Cobra: Podes. Não costumo abrir esse precedente para ninguém, mas já que te vou comer, podes perguntar.
Pirilampo: Pertenço à tua cadeia alimentar?
Cobra: Não.
Pirilampo: Fiz-te alguma coisa?
Cobra: Não.
Pirilampo: Então porque é que me queres comer?

Cobra: Porque não suporto ver-te brilhar!!!"
 
Sei que o momento é difícil e que, provavelmente, esta história pouco te irá ajudar a ultrapassar este momento...mas espero que atenue o que neste momento sentes.

Pelo menos sabes que os teus estão e estarão sempre aqui para o que der e vier....

Sabes quem eles são, tal como eles também sabem quem tu és....

"BE YOUSELF BY YOURSELF"

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

"NÃO ACEITAS CARTÃO FNAC, GAMO-TE A TV!"

Jagunços, tá tudo?!

Muitas vezes, no meio do nada, vem-se-me à memória situações hilariantes que me foram acontecendo e como sou o Jagunço que partilha, esta que vos deixo é de chorar a rir.

Há muito, muito tempo
Eras tu uma criança

Não, não vou cantar José Cid, mas anda lá perto. A história passou-se com dois amigos meus, que, para proteger certas e determinadas coisas, vamos chamar a um o José e a outro o Cid (afinal a musica até era importante!) e, claro está, o Jagunço e/ou, simplesmente, EU!


Um belo dia o José recorreu à parte dos classificados de um conhecido jornal, para contratar os serviços de acompanhamento de uma boa put...senhora portadora de uma vida sexual com horizontes (muitíssimo) abertos!
O pobrezinho sentia-se, só e abandonado, pelo que precisava de companhia.

Na minha frente, ligou para uns dos números disponíveis no referido jornal e, em alta-voz começou a conversa:

José: Tou?!
Ela: Álô?!... Quem tá fálando?!
José: Sou eu!
Ela: Eu quem?!
José: O gajo que, se te portares bem e fizeres um bom preço, te vai comer.
Ela: Oi?!
José: Esquece!...olha, eu e mais dois amigos queremos contratar os teus serviços, quanto é que levas?
Ela: Prá vócê é 35 euros, 1h.
José: Mas 35 euros, os 3?!!
Ela: Ús 3, não!... Ássim ficá máis cáro!!
José: Mas isso quer dizer que fazes com todos ao mesmo tempo?!...Tipo, ménage?!
Ela: HOMENAGEM?!....Como homenagem?!
José: Fod#-se! Que é burra!!
Ela: Oi?!
José: Nada, esquece!...estava a perguntar se martelas mais do que um gajo ao mesmo tempo!
Ela: Dji montão, não!... Têm qui sê um dji cádá vez!
José: E quanto ao preço?!... 35 euros é muito caro!...não te esqueças que tenho cartão FNAC!
Ela: Não dá prá báixá o preço, não! ´cê qué márcá hóra?!
José: Não, deixa-me falar com os meus amigos que, eu depois digo qualquer coisa.

Depois de termos rido que nem uns perdidos por causa do telefonema, o José vira-se com um ar muito sério e diz:

"E se fossemos mesmo?!"

O Cid, a outra criatura que se encontrava connosco, como era doido por uma boa cóboiada, prontificou-se logo para ir, mas eu (vá, podem chamar-me copinho de leite!) disse que não queria ir, e assim foi!
Nesse mesmo dia à noite, entre uns canecos, lá foram eles com destino marcado à senhora brasileira.

No dia seguinte, encontrei-me com aqueles maduros e eles riam-se que nem uns perdidos! Como não poderia deixar de ser, perguntei como tinha corrido a noite e o Cid lá começou a contar:

"Ontem quando saímos, fomos ali acima ao Fanã (tasca onde muitas vezes nos encontrávamos), encharcar umas valentes imperais.
Quando demos por nós já estávamos, meios tortos e lá seguimos para a morada que a gaja nos tinha dado...
Chegados lá fomos cada um para um quarto diferente e com uma gaja diferente.... até aqui nada de anormal!
Eu acabei o serviço e vim esperar este gajo no fundo do prédio (o José, o gajo que fez o telefonema no dia anterior), para poder fumar!... Ao final do 3º cigarro, este gajo nunca mais vinha e pensei: ‘Queres ver que aquele gajo estava tão bêbado que adormeceu acima da gaja?!’...


Passado um bocado oiço a porta do prédio a abrir, e quem é que eu vejo?!!...Este gajo, meio atrapalhado com uma televisão de caixa às costas!!!!....


Perguntei-lhe: ‘O que é isso, puto?!!!
Ele: Uma televisão, não vês?!!
Eu: Tu roubaste a televisão à puta?!!
Ele: Ya!... Vai ficar lindamente no meu quarto!!’
Eu nem queria acreditar no que o gajo tinha acabado de fazer, mas sem alternativa tive de o ajudar, até porque bêbado como ele ainda estava, se não o ajudasse, ele com certeza que se estatelava todo no chão!!"

Nesse momento quase sem reacção, perguntei para o artista ladrão de TV´s:
"Tu roubaste a TV da puta?!....não posso acreditar!?"
Ele com ar de envergonhado lá me responde: "Ya! estava todo narso!!"

O Cid lá continuou a contar o sucedido.

"Vínhamos rua abaixo com a televisão às costas, em direcção ao carro, para colocá-la na bagageira quando o telemóvel tocou!
Quem era?!
A puta!

Cid: Tou?!
Ela: Álô?... É Marineidji....túdo bom?!
Cid: Si..si..sim...t..t..tá tudo... ! pre..pre..precisas d..de al..al..alguma c..c.coisa?!
Ela: Sim!..prêcisává qui ´cê fizessi um fávô prá mim!
Cid: E o que precisas?!
Ela: ´Cê podji pidji ao seu ámigô, prá trázê dji vóltá, meu télévisô?!... Ácho qui eli lévô eli por enganú!!

Eu sem reacção disse à gaja que ia ver se ele não o teria para ali perdido, mas que não poderia prometer nada!


Depois de desligar o telefone, já sabia que convencer este gajo, que bêbado é teimoso como uma mula, não seria tarefa fácil... mas tentei!
Depois de muito latim gasto e de ter quase levado porrada, lá consegui convencer este gajo a ir devolver a TV."

Virei-me novamente para ele e perguntei:
"Então conta lá como é que foi, quando chegaste a casa da puta com a TV de volta!"

O José começou a contar.

"Depois deste gajo me ter torrado a paciência, peguei na televisão e lá fui eu, rua acima.
Toquei à porta e veio a gaja.

Ela: Oi tudo bem?!...´cê áchô meu télévisô?!"
José: Não, caralho!... Fui eu que te o gamei!!
Ela: Não précisá sê grôsso!
José: Toma lá a merda da TV.
Ela: ´brigado, viu?!
José: De nada oh PUTA... e desculpa lá!....

Já me vinha embora, quando a gaja vira-se para mim e perguntou-me:

"Porquê ´cê roubô meu télévisô?!"

Eu: Porque eu disse-te ontem ao telefone que tinha cartão FNAC e tu nem um desconto me fizeste!

A gaja toda lixada bateu-me com a porta na cara e pronto!...voltei para baixo, peguei no carro e fui pôr este gajo a casa!"

Jagunços, nunca na minha vida tinha ouvido uma história destas, onde um gajo vai às putas e quer apresentar um cartão da FNAC.
E pior, como não conseguiu o tal desconto, roubou a TV à gaja!!

Isto será sem dúvida uma história que ficará para a posterioridade e quiçá para mais tarde recordar...


Prognóstico de final de jogo do Jagunço do Contra:



Comunicado as senhoras que anunciam os seus serviços em jornais, acompanhados de uma foto do seu (ou não!) belo traseiro:

Quando virem um maluco a entrar pela vossa porta dentro, com um cartão da FNAC na mão, façam-lhe um desconto!

Caso contrário, arriscam-se a ficar sem algum electrodoméstico e/ou algum material audiovisual...

Depois não digam que, não avisei!


Os Fnacópatas andarem aí....


DIZ QUE NÃO!!!.......
O Jagunço do Contra

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

GARRAFA DE CHAMPANHE (Uma arma letal)

Jagunços, tá tudo?!

Como é do conhecimento da jagunçada, ou não, durante alguns anos trabalhei num Hotel. Como devem calcular, tendo em conta as centenas de pessoas que por lá passam diariamente, peripécias dignas de relato é algo que não falta. Mas os que pensam que só os clientes fazem bosteiradas dignas de registo, desenganem-se. A que vos venho contar é protagonizada por um dos funcionários, que para que percebam toda a piada deste texto terei que vos descrever esta figurinha ímpar.

A sua imaculada figura, dava a sensação que, tomava banho de 5 em 5 minutos, pois andava sempre, todo perfumoso!
O seu penteado com risco ao lado, feito com régua e esquadro, mais parecia lambido por uma vaca, pois o gel que usava durava todo o santo dia fazia com que, nenhum cabelinho saísse do sitio.
Era gajo para desatar à porrada à senhora da lavandaria porque o vinco das calças da sua farda estava torto. Tudo tinha de estar per-fei-to!
Sem esquecer de mencionar o seu andar à Clint Eastwood, para lhe dar aquele ar de castigador de quem diz: “Olhem para mim, sou lindo!”
Esta personagem era (e é) um gajo convencido e cheio de nhoquices que, por causa da sua acentuada falta de humildade, acabou por se tornar uma vítima disso mesmo, não descurando o grande profissional que é - sim, porque o é.


Tudo se passa, aquando da vinda de um gigantesco grupo de brasileiros para o Hotel.
O grupo apesar de barulhento (normal!) era bastante organizado e afável para com os colaboradores.
Numa certa tarde, o grupo estava todo no Lobby do Hotel e claro, todos os que lá trabalhavam, andavam feitas baratas tontas para satisfazer os pedidos de tão grande número de clientes.


Num dos sofás, estavam sentadas duas clientes, pertencentes a esse grupo, que se destacavam dos restantes, porque todos os restantes elementos do grupo faziam parte, do que nós chamávamos lá no Hotel, de “Brigada do Reumático”. Aquilo era só velhos!
Aquelas duas andavam na casa dos vinte e muitos, trinta e poucos anos e eram duas valentes e apetitosas ginjas! A verdadeira “Frutinha da época!”


Como não poderia deixar de ser, todo o pessoal do hotel andava a babar pelos cantos, por causa daquelas duas brasileiras… e o caso não era para menos, já que aquilo era material verdadeiramente bom! Ninguém ficava indiferente. Era do bagageiro ao director, do gajo da lavandaria ao gajo do restaurante… até as gajas dos andares deviam andar nervosas com aquelas duas boazonas! E claro está, o BAR! A secção onde tudo aconteceu.

Mas voltemos à parte das duas estarem sentadas no sofá.
Com a confusão típica de quem tem o Hotel cheio, os colegas do Bar andavam de volta dos clientes, perguntando se desejavam tomar algo (a trabalhar, portanto!), até que um deles chegou (devem ter tirado à sorte!) junto das duas brasas e pergunta-lhes, como seria de esperar:


“Boa tarde,
As senhoras, desejam tomar algo?!”

Ao qual elas responderam:

“ ´cê pódji trazê ´má gárráfá dji champanhi, prá gentchi?”
(Tradução: Você pode trazer uma garrafa de champanhe para a gente?!)


E o rapaz, no cimo da sua educação, respondeu:
“Com certeza, trago já…com licença.”


Até aqui nada de estranho se passou. O pior vem agora.
O rapaz vai atrás do balcão e começa a preparar a bandeja para levar às clientes e de repente a nossa bela personagem pergunta ao rapaz:

“Esse champanhe é para que mesa?!”

Ao qual o rapaz responde:
“É para as brasileiras que estão no sofá do Lobby!”

Obviamente, que a nossa personagem percebeu logo que se tratava das duas febras que andavam a provocar muitas erecções à classe masculina que naquele hotel laborava. Claro está que ele, como chefe que era tinha de ter o prestígio de as servir. No alto da pirâmide hierárquica vira-se para o rapaz com o nariz bem empinado e convicto nas suas palavras e actos, e diz:

 “Deixa estar… Eu levo!” (Claro!... chama-lhe parvo!)

Já que o gajo era chefe, o rapaz não teve alternativa, se não ceder às ordens, mas contrariado – podera, também eu ficava.

O importante chefe acabou de arranjar a bandeja e põe-se a caminho do sofá, com o seu ar de Brad Pitt da Alcântara, não sem antes se ter penteado 7 vezes, lavado os dentes outras tantas e voltar a pôr perfume.

Chegado lá, com a voz colocada e radiofónica, pergunta:

“Foram as senhoras que pediram champanhe?!” (como se ele não soubesse!!)

Elas: “Sim!”

Ele: “E dão-me licença que sirva, tão belas senhoras?!”

Elas: “Púfávô!”
(Tradução: “Por favor!”)


Ele com o seu ar de engatatão pegou na garrafa, com toda a delicadeza e profissionalismo, retirou o alumínio envolto no gargalo, a denominada de cápsula, por sua vez o retirar do arame que envolve a rolha e a garrafa, tudo isto com todo o cuidado, mas com o olhar preso no decote das duas gajas.
No entanto, e como qualquer bom profissional, a garrafa e o garagalo deveria estar para onde não estaria ninguém. Pois como toda a gente sabe, aquilo quando salta é como um tiro de caçadeira. Devido à grande distracção decotal, a garrafa estava virada para a cara o gajo!


Conhecendo os meus Jagunces, como eu conheço, já devem estar todos com aquele sorrisinho maléfico de quem pensa: “O gajo levou com a rolha mesmo em cheio nas fuças!” Estou certo, não estou, admitam lá?!

Pois é, seus jagunços, estão todos errados…

O que aconteceu foi nada mais, nada menos, isto:

O gajo continuou com a sua performence toda profissional e sem que reparasse a rolha salta e bate violentamente no olho direito do gajo, fazendo com que ele fosse projectado e se estatelasse com os costados no chão.
Naquele momento o barulho ensurdecedor que naquele lobby existia acabou!... Sendo substituído por, uma lista de frases daquele individuo, acompanhadas à guitarra por uma dor do caraças no olho!


Ele: “AAAAAAAAAAAAAIIIII”

Uma das brasileiras que estava sentada no sofá levantou-se e vai em seu auxilio, perguntando-lhe:

“Ô Senhô istá bem?!”
(Tradução: “O Senhor está bem?”)


Ele: “Oh mãe?!!....Estou cego!... Estou cego!...Eu não vejo de um olho!”

E não é que o gajo desata numa choradeira, em pleno Átrio, que mais parecia uma criança que tinha caído do baloiço e a gritar pela mãe!

Jagunços, eu sei que o coitado do gajo, teve dores horríveis mas, o que acho hilariante nesta historia é:
aquele gajo, em particular, todo galã, cheio de charme e de 9h, ir armado em super pró e em macho, armar-se ao pingarelho para junto das gajas boas e leva um real bojarda nos olhos e começou a chorar e a gritar pela mãezinha!!!



Prognóstico de final de jogo do Jagunço do Contra:


Como grande benfiquista que é entrou em cena GLORIOSO de garrafa na mão e veio de lá envergonhado como quem desce de divisão e, com um olho à....BELENENSES.


DIZ QUE NÃO!!!.......
O Jagunço do Contra