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sexta-feira, 25 de novembro de 2011

O PORTUGUÊS

Olá pessoal, tá tudo?!

Ia eu a caminho do escritório, tentando arranjar uma desculpa para não ter que ir trabalhar, ou que alguém me desse uma paulada nos queixos, que também resultaria, já que para o que era, servia.
Quando chego ao quiosque de jornais que fica mesmo ali ao lado, como todos!
Até aqui, nada de novo! Compro o jornal, pago, recebo troco…o costume!

De repente… por de trás daquele amontoado de “Marias” e “TV Guias”…aparece um individuo de uma espécie que, ao contrario das outras, evoluiu muito pouco ou quase nada ao longo dos tempos…
Por muitos considerado uma espécie em vias de extinção, outros há que nem acreditam na sua existência, achando que se trata de um mito/lenda.

Tratava-se de um individuo de patilhas compridas, bigode farfalhudo e amarelado do tabaco, grisalha cabeleira farta (apenas na parte de trás) a fazer lembrar o McGywer da famosa serie televisiva dos anos 80, envergava a bela da camisa aos quadrados, com calças de fatréno e que, entre muitas outras características, saliento a grande capacidade de, enquanto me dava o troco, puxar, de forma artística, a ranhoca com fim de arremessar de forma viril, a sua gloriosa “escarreta” na via publica.

Tinha uma forma catita de se adornar com um palito no canto da boca, que sobressaia mais que os dentes, já que poucos eram os que lá moravam., Por certo que se trata do mesmo palito que pediu na tasca no ano de 1982, altura em que decidiu prestar homenagem a quem o pôs no mundo, tatuando no braço “AMOR DE MÃE”….Refiro-me, claro está, ao mítico e inigualável……O Português!

Não me refiro a um português qualquer, mas em particular aos que são proprietários de quiosques de jornais. Nitidamente, via-se que aquela pessoa tinha nascido para ter um quiosque. A sua vocação era vender maços de SG Gigante e exemplares d´ A Bola..

Depois de me ter, quase cuspido os ténis, olhei para ele, com cara de quem diz.:

“ATÃO CAR****?!!.....NÃO VÊS QUE ME IAS ACERTANDO?!!”

Ao qual ele, sem papas na língua me respondeu, no alto do seu bairrismo e sabedoria académica: 

“QUÉ´FOI?!”…

Com medo de apanhar –sim, tenho porte atlético mas é melhor não abusar - , continuei o caminho, não fosse voar na minha direcção uma resma de jornais do Correio da Manhã.

Vinha pelo caminho com um sorrisinho malandro e a pensar naquela figurinha impar..
Como é que é possível….
            “Será que bateu na mulher, porque o seu Benfica perdeu?”
“Será que se embebedou de tal forma na noite passada, que estava sem disposição para me aturar?!”

Enfim…..é Tuga e basta!

Prognóstico de final de jogo do Jagunço do Contra:

Realmente, pensava que seria bem mais difícil, encontrar este ícone da sociedade portuguesa, mas na verdade, quase que me caiu um aos pés, ou pelo menos parte dele, ou já se esqueceram da escarreta?.
Não há muito para dizer, sobre tão singular pessoinha. Afinal de contas realça-se por si só: o seu cabelo à Jorge Jesus, a sua longa unha do dedo mindinho, a sua meia branca, com a bela da raquete vermelha, dentro do sapatinho de verniz. Não há que enganar, eles andarem aí.

E não, não estou a ser meigo, com medo de represálias….quer dizer….se calhar um bocadinho….


DIZ QUE NÃO!!!.......
O Jagunço do Contra

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